As Hortas Sociais Urbanas do Bispo tiveram o seu arranque em Outubro de 2008, no âmbito de uma parceria entre a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e a Freguesia de S. Martinho do Bispo, Coimbra. Localizam-se num dos extremos do campus da ESAC e contam com 11 talhões, 5 dos quais atribuídos a mulheres. O nosso modelo de produção – ainda que não pretendamos a certificação – rege-se pelas mais basilares normas do Modo de Produção Biológico, logo não recorremos a qualquer adubo ou pesticida químico de síntese. Apoiamos ainda a nossa actividade produtiva em princípios e práticas das tecnologias sociais e na utilização de variedades tradicionais. Cada talhão tem uma área média de 75 m2 e conta com um compostor. Existe uma tomada de água para cada dois talhões. Temos à nossa disposição uma arrecadação colectiva (adaptada a partir de um antigo pombal desactivado), onde guardamos sementes e utensílios agrícolas. A nossa produção destina-se, essencialmente, ao consumo doméstico, ainda que forneçamos alguns produtos a familiares e amigos e os troquemos entre nós.
12.06.10 – Acção de Formação “Modo de Produção Biológico em Agricultura Urbana"

Na sequência de acções de formação anteriores, de carácter pontual, e do acompanhamento técnico e formação em contexto de trabalho nas hortas, tivemos, desta vez, uma formação em “Modo de Produção Biológico em Agricultura Urbana" em contexto de sala. A formação foi-nos ministrada por elementos do GRAU e consistiu em 3 sessões, que abordaram vários aspectos relacionados com o modelo de agricultura urbana que praticamos, a saber:
a)      Enquadramento do fenómeno da AU;
b)      Tecnologias sociais;
c)      Organização e participação dos agricultores;
d)      Enquadramento do Modo de Produção Biológico;
e)      Boas práticas do uso do solo;
f)       Boas práticas do uso da água;
g)      Compostagem e valorização dos resíduos orgânicos domésticos;
h)      Adubação verde, rotações e consociações;
i)        Protecção das plantas (auxiliares, limitação natural, sebes e barreiras de protecção);
j)        Pragas e doenças mais comuns na horta e formas de controlo;
k)      Caldas alternativas e sua utilização.
Apesar de já termos conhecimentos e noções muito concretas em relação a grande parte dos assuntos abordados, o modelo de formação possibilitou que aprofundássemos os mesmos, até porque nos foi disponibilizado material de formação que dá resposta a algumas das nossas questões. De resto, tivemos oportunidade de discutir entre todos problemas e soluções comuns.

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