As Hortas Sociais Urbanas do Bispo tiveram o seu arranque em Outubro de 2008, no âmbito de uma parceria entre a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e a Freguesia de S. Martinho do Bispo, Coimbra. Localizam-se num dos extremos do campus da ESAC e contam com 11 talhões, 5 dos quais atribuídos a mulheres. O nosso modelo de produção – ainda que não pretendamos a certificação – rege-se pelas mais basilares normas do Modo de Produção Biológico, logo não recorremos a qualquer adubo ou pesticida químico de síntese. Apoiamos ainda a nossa actividade produtiva em princípios e práticas das tecnologias sociais e na utilização de variedades tradicionais. Cada talhão tem uma área média de 75 m2 e conta com um compostor. Existe uma tomada de água para cada dois talhões. Temos à nossa disposição uma arrecadação colectiva (adaptada a partir de um antigo pombal desactivado), onde guardamos sementes e utensílios agrícolas. A nossa produção destina-se, essencialmente, ao consumo doméstico, ainda que forneçamos alguns produtos a familiares e amigos e os troquemos entre nós.
08.08.2009 - Actividades de recuperação da arrecadação e limpeza da envolvente

No dia 08 de Agosto de 2009 levamos a cabo uma ansiada iniciativa colectiva de recuperação da arrecadação e de limpeza da envolvente. Na reunião de dia 3 de Agosto havíamos discutido a actividade e o contributo de cada um de nós para a iniciativa, não só em termos da programação e distribuição de pequenas tarefas, mas também no que respeita à disponibilização de materiais, nomeadamente tintas e acessórios de pintura. A actividade foi assim dividida em duas fases: a primeira incidiu na limpeza da vegetação e preparação da operação de pintura e a segunda na pintura da estrutura.

Limpeza de vegetação e lavagem da arrecadação

Na primeira fase a vegetação em torno da arrecadação foi limpa com recurso a uma roçadora de costas e a enxadas. Por outro lado, várias pedras que se encontravam espalhadas na envolvente foram arrumadas e alguma sucata foi definitivamente retirada do espaço das hortas. Ainda durante esta fase o pombal foi lavado exteriormente com recurso ao kit de incêndios da ESAC. Assim, conferimos uma maior durabilidade à pintura a realizar, dado que algumas paredes apresentavam muitos fungos.


 Limpeza de ervas em torno da arrecadação

Pintura da arrecadação

Ainda que em pleno período de férias, importa destacar a nossa motivação para esta tarefa, pois todos estivemos presentes com as nossas famílias. Até os mais pequenos deram uma mão nas pinturas.

 Pinturas na parte exterior da arrecadação

Limpeza do hangar

As actividades de recuperação do pombal não se limitaram ao exterior, uma vez que também o maior compartimento interior foi igualmente alvo de pinturas.
De resto, esta iniciativa serviu também estreitarmos relacionamentos entre nós e as nossas famílias. Ambas as refeições foram preparadas pelas agricultoras do grupo, pouco dispostas às pinturas.

 Almoço convívio dos agricultores

Durante os momentos de convívio discutimos a realização de algumas iniciativas a dinamizar futuramente e que visam dar a conhecer o nosso projecto à opinião pública. A título de exemplo, destacamos a realização de uma exposição fotográfica nas hortas.
Deste dia cansativo, mas muito positivo e produtivo, resulta para nós a percepção de que o fenómeno da agricultura urbana contribui, entre outros aspectos amplamente conhecidos, para a recuperação de infra-estruturas urbanas degradadas, para além do espaço de cultivo em si. E, para tal, não é necessária a afectação de muitos recursos financeiros, bastando apenas a boa-vontade e o trabalho de cada um de nós.

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